sexta-feira, 10 de julho de 2015

Dia de campo mostra que Maracujá Pérola do Cerrado pode gerar mais renda à agricultura familiar

No Dia de Campo realizado nessa quarta-feira (8), assentados puderam conferir o potencial da fruta, que pode ter o quilo vendido a até R$ 12,00.

Lançado em 2013 pela Embrapa, o maracujá BRS Pérola do Cerrado tem chamado a atenção da agricultura familiar. Grande produtividade, maior longevidade, menos necessidade de polinização manual, resistência a doenças e pragas e ideal para o cultivo em sistema orgânico. Essas são apenas algumas das suas qualidades, que foram apresentadas a cerca 150 participantes do Dia de Campo sobre o cultivo do maracujá, realizado pela Emater-DF nessa quarta-feira (8), no Assentamento Oziel Alves (Planaltina-DF).
O objetivo do evento foi mostrar a experiência exitosa de assentados da reforma agrária com o cultivo da fruta e estimular ainda mais sua produção. Segundo o gerente da Emater-DF no Pipiripau, Magela Gontijo, "cultivo do maracujá é adequado às condições de trabalho da agricultura familiar e tem grande potencial de mercado". O maracujá BRS Pérola do Cerrado, por exemplo, tem alto valor agregado e pode ser destinado a indústrias de sucos, sorvetes, doces e para o consumo in natura, já que sua polpa tem sabor mais adocicado.
"Em feiras, o quilo do Pérola está sendo vendido entre R$ 8 e R$ 12, enquanto o do maracujá azedo é vendido a R$ 2. Além do bom retorno econômico, é uma fruta mais rústica, de manejo mais fácil e com alto potencial produtivo, podendo ultrapassar 25 toneladas por hectare, por ano", explica Magela.
Participaram do Dia de Campo, produtores de assentamentos atendidos pela Emater-DF por meio de convênio com o Incra, localizados em cinco municípios Goiás: Formosa, Planaltina, Padre Bernardo, Cristalina e Água Fria.
O evento tratou dos seguintes temas: implantação da cultura do maracujá; manejo e condução da cultura do maracujá; sistema agroecológico na cultura do maracujá e cultivo do maracujá silvestre BRS Pérola do Cerrado.
Carolina Mazzaro
ASCOM/EMATER-DF
 
 
 
 
 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Esforço conjunto pela produção sustentável

 
Brasília-DF (02/07/2015) — Na avaliação dos dirigentes do Sistema Público da Agricultura e da área do Meio Ambiente do Distrito Federal, o diferencial que marcou o bem sucedido mutirão para fazer o Cadastro Ambiental Rural (CAR) dos agricultores da região do Pipiripau (região administrativa de Planaltina) foi a integração das duas áreas para o cadastramento que começou na última segunda-feira, 29. O mutirão alcançou a meta, cadastrando 70 proprietários, 90 propriedades em uma área de aproximadamente três mil hectares.
Os certificados foram entregues nesta quinta-feira (2) pelos secretários José Guilherme Leal (Agricultura), André Lima (Meio Ambiente) e pelo presidente da Emater-DF, Argileu Martins.
A ação obedece aos critérios da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, que criou o CAR em âmbito nacional. O mutirão reuniu profissionais da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram). A atividade começou na última segunda-feira (29).
“O importante aqui foi consolidar o trabalho que começou esta semana. O que eu gostaria de enfatizar é esse trabalho que o Distrito Federal está fazendo, dando uma demonstração muito clara de integração da área de agricultura com a área do meio ambiente. Esta é uma demonstração muito clara de que se pode produzir com sustentabilidade. Essa sinergia das duas secretarias, Seagri e Sema, e das nossas entidades (Emater-DF e Ibram) para ofertar este serviço é uma demonstração de que o Governo de Brasília quer e acredita que pode ser feito: preservar e produzir”, observou Argileu Martins.
Para André Lima, este trabalho é um exemplo, “porque fora do Distrito Federal não há essa parceria entre as secretarias do Meio Ambiente e da Agricultura. Sabemos hoje que se não fizermos isso juntos o Cadastro Ambiental Rural não será bem sucedido. Contamos com o apoio consistente da Emater-DF e quero agradecer a todos os parceiros, Seagri em especial”, afirmou o secretário.
Agradecendo aos produtores e aos profissionais que trabalharam juntos no mutirão, o secretário da Agricultura, José Guilherme Leal ressaltou que “apesar de saber que é uma obrigação legal, porque está na lei que quem não tiver o CAR até 2017, não terá acesso ao crédito rural, vocês produtores vieram de boa vontade, atendendo ao nosso chamado. Vamos fazer esse mutirão em outras regiões e é muito bom ver que aqui alcançamos a meta pretendida e que a decisão de fazer essa parceria entre Seagri e Sema foi um grande acerto”, avaliou.
Segurança — O Cadastro Ambiental Rural (CAR) foi instituído pela lei nº 12.651, 25 de maio de 2012. O propósito do CAR é de criar um banco de dados com as informações atuais acerca da propriedade cadastrada. Informações geográficas e econômicas são alguns itens que darão segurança ao Estado e proprietários.
O procedimento de cadastro é simples, gratuito e de responsabilidade do proprietário ou ocupante de áreas rurais, o CAR deve ser feito no site www.car.gov.br, e é declaratório, ou seja, baseado apenas nas informações prestadas pelo agricultor. Em uma segunda etapa, os dados passarão por uma análise técnica cuidadosa, por isso é preciso cuidado e segurança no preenchimento.
Quem tiver dúvidas sobre o procedimento deve consultar a cartilha do Ministério do Meio Ambiente com o passo a passo para a inscrição ou consultar técnicos da Seagri, Ibram, Emater ou Sema.
O prazo para o produtor efetuar o cadastro vai até 5 de maio de 2016.




Christina Abelha
Assessoria de Comunicação – Emater-DF
(61) 3311-9337
christina.abelha@emater.df.gov.br

Piscicultura é alternativa de renda para o produtor rural

 
Brasília-DF (03/07/2015) — O núcleo rural Fazenda Larga (região administrativa de Planaltina) tem se destacado como um assentamento modelo. Hortaliças e frutas são o carro-chefe da produção local. Mas aos poucos, uma nova atividade vai tomando conta das chácaras: a piscicultura. Hoje, sete agricultores da comunidade (mais um do assentamento Oziel Alves) integram uma unidade demonstrativa onde a criação de peixes tem contribuído no aumento da renda das famílias. Para demonstrar isso na prática, a Emater-DF promoveu, nesta sexta-feira (3), o Dia de Campo da Piscicultura.
Mais de 150 pessoas — entre agricultores, trabalhadores rurais e técnicos — participaram do evento, que foi dividido em três estações. Segundo a médica veterinária Florence Marie Berthier, coordenadora do programa de piscicultura da Emater-DF, a atividade se iniciou na Fazenda Larga por meio de um convênio com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), que garantiu a instalação de tanques nas propriedades. A Secretaria de Agricultura forneceu 4 mil alevinos (filhotes de peixes) para os produtores — 500 para cada propriedade. “Fazemos um acompanhamento de perto da criação, com análise da água, crescimento dos animais e o desempenho da produção. Hoje, já podemos ver alguns resultados”, observou.
Para o trabalhador Nelson Costa dos Santos, do núcleo rural Capão da Onça (região administrativa de Brazlândia), criar peixes significa melhoria na renda da família. “Posso aproveitar o mesmo espaço onde planto morangos e outras hortaliças para produzir pescado, usando o tanque de irrigação da lavoura para criar tilápias. Isso otimiza a produção”, comemorou.
Nas estações do dia de campo, o visitante pôde aprender um pouco mais sobre alimentação e nutrição dos animais, uso da água dos tanques para irrigar o plantio e como calcular a quantidade exata de ração para o plantel. “Todas essas técnicas podem reduzir os custos da produção e diminuir os riscos”, apontou Florence.
Para o presidente da Emater-DF, Argileu Martins, a Emater é uma "plantadora" de ideias. "Hoje, aqui na Fazenda Larga, entendemos que vale a pena acreditar nas ideias. Não apostamos em aventura, mas sabemos que toda atividade tem seus riscos e, é para minimizar esses riscos que os profissionais da Emater estão aqui, para ajudar vocês a produzir mais e melhor". Além disso, ressaltou que "saber não ocupa lugar. Quanto mais se sabe, mais se ganha". Argileu também agradeceuao Ministério da Pesca, "parceiro de todo o sistema da agricultura neste projeto".

Nova publicação
Durante o Dia de Campo, a Emater-DF distribuiu a publicação "Na Prática". Com uma linguagem acessível, de caráter prático e objetivo, o material apresenta determinada técnica ao agricultor e tem como principal objetivo apoiar o trabalho dos extensionistas rurais da empresa em cursos e oficinas.
O tema dessa primeira edição é "Iniciando a criação de peixes" e foi elaborado pelo zootecnista da Emater-DF, Heligleyson Borges Vieira. O material trata dos conhecimentos básicos necessários para começar a atividade. O conteúdo inclui os parâmetros da água a serem observados na atividade de piscicultura, a alimentação dos peixes, a regularização do criatório e o associativismo.
 
Rinaldo Costa
Assessoria de Comunicação – Emater-DF
(61) 3311-9401
rinaldo.costa@emater.df.gov.br