quinta-feira, 26 de junho de 2014

SEAGRI-DF e EMATER-DF Facilitam irrigação em assentamento!

Começou nesta semana o trabalho da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal - SEAGRI-DF e EMATER-DF, no Assentamento Oziel Alves 3, que vai possibilitar a inclusão produtiva de 25 famílias, através da horticultura irrigada. Serão disponibilizados 25 kit's de irrigação por gotejamento de 0,15 ha para o cultivo de hortaliças no assentamento. Os equipamentos foram adquiridos através de emenda parlamentar do deputado distrital Joe Valle e serão entregues no dia 1ºde julho. A grande dificuldade no assentamento é a baixa disponibilidade de água e para amenizar este problema estão sendo escavados pequenos reservatórios que serão revestidos em regime de mutirão pelos assentados, utilizando tecnologia de baixo custo mas de grande eficiência. Os agricultores serão treinados no mês de julho para a utilização correta dos equipamentos que possibilita grande economia de água. Segundo o agricultor José Dionísio, um dos beneficiados, o apoio da EMATER-DF e da SEAGRI tem sido de fundamental importância para o assentamento. Veja as imagens:






 



Confira a tecnologia utilizada na construção e revestimento do reservatório:

RESERVATÓRIO DE ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO
Uma alternativa de baixo custo
Lúcio Taveira Valadão(1)

Geraldo Magela Gontijo (2)

 (1) Eng. Agrônomo, M.Sc., Extensionista Rural da EMATER-DF
(2) Téc. em Agropecuária, Extensionista Rural da EMATER-DF

          Em diversas situações no meio rural é necessário utilizar reservatórios para armazenamento da água para irrigação. Isso ocorre quando a vazão disponível da fonte de água é inferior àquela necessária para o funcionamento do sistema de irrigação ou quando é necessário realizar a distribuição da água entre diferentes áreas irrigadas.

          No processo de irrigação, a fase de armazenamento da água tem especial importância, pois, quando realizada de maneira inadequada, pode apresentar perdas significativas pela infiltração de água no solo. Isso é comum em reservatórios escavados no solo (Figura 1) quando não se utiliza nenhum tipo de revestimento, o que colabora para a redução da disponibilidade de água, gerando situações de escassez, e levando ao aumento dos custos de operação dos sistemas irrigados.

  Para evitar perdas de água, por infiltração nesse tipo de reservatório, várias alternativas de revestimento podem ser utilizadas. Entre elas o uso da lona de polietileno (lona preta), coberta com uma camada de terra representa uma boa alternativa para os irrigantes pois, apresenta baixo custo de implantação, elimina as perdas por infiltração da água no solo e é de fácil aplicação.

Tecnologia para construção e revestimento do reservatório

           A seguir são apresentados os passos para a construção do reservatório revestido com lona de polietileno coberta com terra.

1.Determinação do volume do reservatório

Deve ser feita levando-se em conta a vazão da fonte de água e a vazão necessária para o funcionamento do sistema de irrigação no período de maior necessidade de água da cultura. Conhecido o volume de água a ser armazenado, podem-se determinar as dimensões do reservatório.

2.Determinação das dimensões do reservatório

O reservatório tem formato circular e para sua construção é necessário estabelecer o seu diâmetro e profundidade (Figura 2). As dimensões devem ser de uma forma que a declividade da borda até o centro do reservatório não seja maior que 15%. Na Tabela 1 estão descritas as dimensões sugeridas para diferentes volumes de água armazenada.


3. Demarcação do terreno

A área onde será construído o reservatório deve possuir declividade de até 5% para evitar grande movimentação de terra. O local do reservatório deve ser limpo antes da demarcação do terreno. Para a demarcação, utilizam-se estacas de 1 m de altura. A demarcação deve ser feita a partir de um ponto central. A Figura 3 mostra um exemplo de demarcação.
4.Escavação do terreno

A escavação do terreno pode ser feita com trator de esteira ou pá carregadeira. Em observações realizadas, verificou-se que um reservatório para 230.000 litros, com 20 m de diâmetro e 1,5 m de profundidade pode ser escavado por pá carregadeira em 3 horas de serviço. Isso varia de acordo com o tipo de solo, umidade e com a experiência do operador. A máquina deve realizar movimentos, carregando o solo do centro para a borda do reservatório, até que seja atingida a profundidade desejada. Esses movimentos devem possibilitar a suavização do talude na direção do centro para a borda. A Figura 4 ilustra a operação da máquina.

5.Acabamento manual

Após o término da escavação, deve ser realizado o acabamento manual para regularizar os taludes, eliminando torrões, vegetação e retirando raízes. A Figura 5 ilustra a operação.


6.Preparação para colocação da lona

Deve ser aberta uma valeta na borda da escavação para prender a lona, evitando seu deslocamento (Figura 6). Nessa fase, deve-se ser realizar o nivelamento das bordas do reservatório com o auxílio de um nível de precisão ou com nível de mangueira. Conforme pode ser observado na Figura 7, parte da terra movimentada deve ser mantida próxima à borda do reservatório para utilização posterior.


7. Colocação da lona de revestimento

Para revestimento, utiliza-se uma lona de polietileno preto com espessura mínima de 150 micras. A lona é estendida ao longo do reservatório, como mostra a Figura 8. A lona de polietileno tem largura máxima de 10 m e precisa ser emendada para que não ocorram vazamentos. A emenda pode ser feita com cola usada para juntas de motores, conforme mostra a Figura 9. As laterais da lona devem ser cortadas junto à valeta cavada nas bordas do reservatório (Figura 10). Em seguida, a valeta deve ser aterrada para fixação da lona (Figura 11).

8. Cobertura da lona com terra

Após a fixação da lona nas bordas do reservatório, ela deve ser coberta com terra. A camada de terra colocada é de aproximadamente 10 cm e tem a finalidade de proteger a lona dos raios solares e de danos mecânicos. Inicialmente, utiliza-se a terra deixada próximo à borda do reservatório, que pode ser movimentada com o auxílio de um trator (Figura 12). Nessa fase, o trator não pode entrar no reservatório, pois isso danificaria a lona. Para as áreas mais próximas do centro do reservatório, a movimentação da terra deve ser feita com carrinho de mão (Figura 13). O nivelamento da terra é feito com auxílio de uma enxada (Figura 14).


Nessa fase do trabalho, podem ocorrer furos na lona, em razão da movimentação da enxada sobre a terra (Figura 15). Esses furos devem ser reparados para evitar a perda de água por infiltração. Isso pode ser feito facilmente com a cola de junta de motores utilizada para emendar a lona (Figura 16).


9. Enchimento do reservatório


Quando vai encher o reservatório de água pela primeira, alguns cuidados devem ser tomados para evitar o deslocamento da terra colocada sobre a lona. Para que isso não ocorra, deve-se colocar um pedaço da lona no centro do reservatório (Figura 17). Esse pedaço de lona deve ser removido posteriormente.

 Em seguida posicionar o tubo de adução da água sobre a lona e iniciar o enchimento (Figura 18).

Dessa forma, a água não irá remover a terra colocada sobre a lona. À medida que o reservatório estiver cheio a água irá movimentar-se de forma mais lenta e não irá movimentar a terra (Figura 19).


A Figura 20 mostra o aspecto do reservatório cheio de água. Observa-se que a lona não está visível, porém não existem perdas de água por infiltração. Nas demais ocasiões em que o reservatório receber água não há necessidade de cuidados especiais.

 Alguns cuidados devem ser tomados para maior durabilidade do reservatório. Não deve ser permitida a entrada de pessoas ou de animais, e as bordas da lona devem ser sempre mantidas cobertas com terra. A manutenção do nível da água pode ser feita com o auxílio de uma boia, nos casos em que a adução de água é feita por gravidade. A Figura 21 ilustra o uso de boia para manutenção do nível.

Quando a captação da água do reservatório ocorrer por meio de conjunto moto-bomba, este deverá ser assentado em fundação sólida e nivelado, de modo a evitar vibrações. Deve ser instalado em local seco, bem ventilado, de fácil acesso para inspeção e protegido do sol e da chuva. É importante que a sucção esteja instalada no centro do reservatório, para que haja maior aproveitamento da água armazenada. A válvula de pé deve estar acima do fundo pelo menos 30 cm (Figura 22). Para ancorar a tubulação de sucção, pode-se utilizar um fio de arame que atravessa o reservatório de um lado a outro, sustentado por estacas.




Relação de materiais e serviços para  implantação de reservatório para 235.000 litros de água.

Item
Unidade
Quantidade
 
 
Serviço de pá mecânica
h/m
3,5
 
 
Lona de polietileno 8 m x 200 micras
m
63
 
 
Cola para junta de motores
ud
5
 
 
Mão de obra
d/h
9
 
 
 
 

h/m = hora máquina

m = metro

ud = unidade

d/h = dia homem





segunda-feira, 9 de junho de 2014

Encontro reúne produtores de maracujá

O núcleo rural Pipiripau, na região administrativa de Planaltina, se destaca pela alta produtividade de maracujá. Para estimular o debate, a troca de experiências e informações sobre a produção, cultivo e comercialização da fruta, a Emater-DF realizou, na última quarta-feira (4), o 6º Encontro Regional dos Produtores de Maracujá. Aproximadamente 400 pessoas participaram do evento, na sede do núcleo rural.
Segundo o gerente da Emater-DF no Pipiripau, Geraldo Magela Gontijo, o evento surgiu de um sonho. “Em 2009, reunimos 70 pessoas. A cada ano, o encontro cresce e temos certeza de que todos saem daqui com o dia ganho, com mais informação e conhecimento que pode ser aplicado em suas propriedades”, comemorou.
Boas práticas — Durante o encontro, a Emater-DF premiou as propriedades que participaram do concurso de Boas Práticas Agrícolas. Produtores de hortaliças e frutas da região se inscreveram. A comissão julgadora, composta por servidores da Emater-DF e da Secretaria de Agricultura, visitou as chácaras, avaliando 63 itens divididos em 16 grupos.
De acordo com Magela, o trabalho com boas práticas envolve todos os aspectos da produção. “Isso incentiva o produtor a promover melhoras na propriedade, o que reflete diretamente na qualidade do alimento que chega à mesa do consumidor”, avalia. Como exemplo, o gerente da Emater-DF no Pipiripau lembra que, no primeiro ano do concurso, o primeiro colocado alcançou 72% dos pontos; nesta edição, o campeão atingiu 92%. “Isso demonstra o empenho do produtor em buscar melhorias a cada ano”, aponta Magela, acrescentando que todos os participantes recebem um relatório detalhado com os itens que podem ser melhorados.
Educação — Durante o encontro, estudantes das 7ª e 8ª séries do Centro de Ensino Fundamental do Pipiripau participaram de uma oficina para confecção de sabonetes de maracujá. O curso foi ministrado pela extensionista Vera Oni, da Emater - Pipiripau. Segundo a supervisora pedagógica da escola, Susana Branco Ribeiro, a atividade incentiva nos alunos o espírito empreendedor. “A Emater é uma grande parceira nossa na educação dos adolescentes da comunidade”, afirmou a professora.
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Ganhadores – Concurso de Boas Práticas Agrícolas
1º: Vicente de Paulo Zandonade – 92,3%
núcleo rural Pipiripau

2º: Luiz Carlos Cardoso – 88,9%
núcleo rural Pipiripau
3º: Zaqueu Gomes Barbosa – 85,7%
Fazenda Larga
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Rinaldo Costa — Assessoria de Comunicação / Emater-DF

quinta-feira, 5 de junho de 2014

PALESTRAS DO 6º ENCONTRO REGIONAL DOS PRODUTORES DE MARACUJÁ

PALESTRA: Cultivo do Maracujá Silvestre "Pérola do cerrado"
Fábio Gelape Faleiro - EMBRAPA CERRADOS
 
 


 








































































PALESTRA: Produção Orgânica de Maracujá
Celso Katsuhiro Tomita - Hatten Agrícola
 



























































PALESTRA: Boas Práticas Agrícolas na Produção de Maracujá
Geraldo Magela Gontijo - EMATER-DF