O cultivo de maracujá pode
atingir altas produtividades e boa rentabilidade, desde que seja utilizada a
tecnologia correta, que temos disponível. Os cuidados começam antes mesmo do
plantio, com uma análise do solo onde a cultura será implantada, com a adubação
equilibrada, a escolha do sistema de irrigação, definição do espaçamento a ser
utilizado, escolha da variedade ou híbrido a ser plantado e passa ainda pela
correta condução da lavoura, com os tratos culturais sendo realizados de forma
adequada e na hora certa.
Aqui na região do Núcleo
Rural Pipiripau, Planaltina-DF, os agricultores tem obtido produtividades até
quatro vezes maior que a média nacional que é de 14 toneladas por hectare por
ano. A tecnologia que tem proporcionado este bom resultado tem como destaque:
1 – Uso de híbridos de alto
potencial, como os materiais lançados pela EMBRAPA-Cerrados.
2 – Plantio utilizando
irrigação localizada por gotejamento, que fornece a quantidade correta de água
que a planta precisa e ainda permite o uso da fertirrigação, que aplica os
adubos de cobertura fracionados em pequenas doses.
3 – Plantios adensados – Até
alguns anos atrás, o plantio era feito usando o espaçamento convencional de 3
metros entre as linhas e 5 metros entre as plantas na linha. Atualmente se
adota o espaçamento de 2 a 3 metros entre as linhas e de 1 a 2 metros entre
plantas. Este espaçamento, com maior número de plantas por área, faz com que a
cortina de ramos se feche mais rapidamente e consequentemente se produza mais
já no primeiro ano.
4 – outra tecnologia responsável
pelo sucesso da cultura é a polinização manual que é feita flor por flor, de
preferência com pólen de outra planta. Pela estrutura da flor do maracujá a
polinização é feita na natureza apena pelas mamangavas, já que as abelhas
somente roubam o pólen e não conseguem polinizar. A polinização manual pode
dobrar a produtividade e é uma atividade que tem sido realizada principalmente
pelas mulheres, que são mais eficientes nessa tarefa. Vale destacar que existem
na região várias lavouras que são exploradas por mulheres e obtém os melhores
resultados.
Uma nova técnica que começou há quatro anos na região é o cultivo em estufas plásticas, que chegam a produzir até 100 toneladas por hectare, ou seja, o dobro da produtividade a céu aberto e até sete vezes a média nacional.
Uma nova técnica que começou há quatro anos na região é o cultivo em estufas plásticas, que chegam a produzir até 100 toneladas por hectare, ou seja, o dobro da produtividade a céu aberto e até sete vezes a média nacional.
Muito boa a matéria no entanto nós produtores do nordeste especificamente aqui no Vale do São Francisco ainda temos enormes dificuldades de encontrar híbridos como o gigante amarelo, ouro vermelho e sol do cerrado, lançados pela Embrapa.
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